terça-feira, 6 de março de 2012

seis de março de dois mil e doze

Jeito. Pêgo de jeito, mesmo com jeito fiquei sem jeito.

Quanta areia passa pelas pás do velho mineiro entre uma e outra pepitas de grande valor? Tanto treino, tanto aprendizado, tantas formas diferentes de se perder em dúvidas.

Vamos deixar a areia e falar do ouro, do precioso material que de vez em vez encontramos entre dias de luta. Nos exige preparo, destreza e calma, receber essas maravilhas em nossa rotina, como se fosse gigante a instiga de rejeitar tão estranha peça. O fascínio intimidador do desejo realizado, o escândalo da felicidade, por mais inocente que ela seja. Velemos a habilidade de aceitar a alegria, os bons momentos, as novas experiências que expandem o porto seguro da rotina cinza, da areia da pá do velho mineiro.

Eu não te conheço de verdade. Literalmente, mesmo que eu te conheça a vinte anos ou mais, eu não te conheço. Não neste momento. Neste momento, no entanto, eu te amo. Eu te ilumino como uma lâmpada acesa ama a grama e os galhos à sua volta. E eu amo quem acendeu essa luz, e amo a árvore que sustenta essa lâmpada. Eu gosto quando me parece que vale à pena tanto ter me perdido debaixo da terra procurando meu caminho.

Não peço mais que essa leitura com a qual já me presenteaste. A felicidade é para todos.

Um comentário:

Camila Viana disse...

Tratam-se os dias de pequenos momentos que formam nossas histórias. Cada trajetória e conquista, são o resultado de nosso desejo interior sem interpretação. Exteriorização do nosso eu. Afinal de contas lutamos pelos nossos desejos, pela nossa paz. Independente do que isso signifique na luz dos nossos olhos. Amo ser a árvore. Simples assim. É fascinante estar na história de alguém, mesmo quando em pequenos momentos e nesse caso, em grandes momentos.

Te amo, de verdade e para sempre.