Palavras repetidas
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Ando sonhando com esse Blog
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Livro de Nadas
Essa data. 6 dias após meu trigésimo aniversário, ano de copa no Brasil, ano em que eu fiz 30 anos, Camila fez 30 anos e Luaninha passou do primário para o ginásio, completa 11 anos de vida, essa mocinha que mudou minha vida.
Mudou, mudanças, mudar... mudo, mudo, mas cá estou, na mesma salinha, no mesmo balcão, talvez com os mesmos dramas, dúvidas e divagações, ah! e saudades, eu sinto as mesmas saudades de sempre. As dúvidas de hoje são principalmente as certezas de antes, as divagações dependem do estímulo do momento. Por exemplo, estou escrevendo agora porque digitei "tati" no search do meu gmail e passei um tempinho lendo os resultados. O por que eu me lembrei dela hoje eu não me lembro bem, mas não é incomum ela frequentar minha rotina criativa. É um fracasso que me dói não ter conseguido cuidar da nossa amizade.
Antes eu escrevia em busca de insights, procurando sentido na união de meus pedaços expostos no texto. Depois escrevia apenas pelo gosto de explorar aqueles breves momentos de criação. Agora escrevo para me reencontrar. Antes eu via e não entendia, agora entendo mas não vejo.
Sempre escrevi muito do passado e quase nada do futuro. O presente muda o passado, sabia? Rss, é verdade e até mais do que o passado muda o presente. Nós vivemos no presente, e nós mudamos tudo. Não escrevo sobre o futuro apenas para não comprometê-lo, para não criar trilhos. Já há trilhos em meu futuro e eu não gosto muito destes que já existem. Sobre o futuro, pretendo apenas respeitar minhas regras, que não são lá muitas afinal.
Sobre mim, sei menos hoje do que há dez anos atrás, então vou registrar algumas coisas. Nasci de 8 meses em Campo Grande MS na Santa Casa no ano de 84 às 16:30 de uma quarta-feira dia 13 de junho, quando minha mãe tinha 38 anos e 5 meses e meu pai tinha 27 anos e 11 meses de idade. Nasci e fui morar na mesma casa onde moro hoje. Também morava aqui minha avó materna, que foi embora quando eu tinha 3 anos de idade. Também morava minha tia Landa que se casou e foi embora quando eu tinha 5 anos. Quem ficou ficou, mas ficou querendo ir, e quem não queria ir queria que todos ficassem para sempre. Complicado? Eu que sei, rss. Até onde sei sou filho único. Tenho madrina e padrinho e quatro primos que atuaram como irmãos me servindo de ícones. Gosto muito deles. Nasci com problemas respiratórios, alergias e constantes crises de bronquite. Comecei natação aos cinco e fiz até os dez ou onze. Comecei inglês aos oito e fiz até os dezessete. Fiz kumon dos oito aos dez e informática aos onze. Violão dos doze até hoje, com suas pausas e crises e alegrias. Nunca fiz teatro, mas devia ter feito para aprender a administrar minhas feições. Assusto as pessoas com minha cara de olhos ofuscados e meu sorriso parece irônico quando não é. Não sou míope nem surdo, mas sou extremamente focado e quando estou raciocinando posso passar longos momentos olhando inconveniente para um decote sem perceber, assim como é muito comum que falem comigo, chamem meu nome e me façam perguntas e eu também não perceba.
memória, trata com carinho quem eu não tratei como queria, como devia
queria agora dar a elas esse carinho, mas nunca é como imagino
presente é real, perigoso, passado é um livro de fotos e o futuro um rabisco a mão
a vida é como devia
eu, ainda não
quarta-feira, 14 de março de 2012
Entrega absoluta
Quando escuto alguém dizendo que Fulano beija bem e Sicrano beija mal, quase volto a acreditar em histórias da carochinha. Beijo é a sorte de duas bocas entrarem em comunhão. Pode um Rafael beijar uma Ana e ser uma explosão vulcânica, e o mesmo Rafael beijar uma Cristina e ser um encontro labial de dar sono. Pessoas não beijam bem ou mal: casais se beijam bem ou mal. Há sempre dois envolvidos.
A definição de um beijo bom é que pode ser questionável, mas quem está no meio do entrevero quase sempre reconhece o ósculo sublime.
Beijo bom é beijo decidido, mesmo que a decisão seja levá-lo devagar ao longe.
Beijo bom é beijo molhado, em que os beijadores doam tudo o que há para doar na cavidade bucal, sem assepsia, entrega absoluta.
Beijo bom é beijo sem pressa, que não foi condenado pelos ponteiros do relógio, que se perde em labirintos escuros já que, é bom lembrar, estamos de olhos fechados.
Beijo bom é beijo que você não consegue interromper nem que quisesse.
Beijo bom é beijo que não permite que seu pensamento tome forma e voe para outro lugar.
E, por fim, beijo bom é o beijo que está sendo dado na pessoa por quem você é completamente apaixonada.
Existe beijo ruim? Existe. Beijo sem alma, beijo educado demais, beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco. Mas uma coisa é certa: precisa dois para torná-lo frio ou torná-lo quente. Todo mundo pode beijar bem, basta nossa boca encontrar com quem.
terça-feira, 13 de março de 2012
Treze de março de Dois mil e doze
terça-feira, 6 de março de 2012
seis de março de dois mil e doze
Jeito. Pêgo de jeito, mesmo com jeito fiquei sem jeito.
Quanta areia passa pelas pás do velho mineiro entre uma e outra pepitas de grande valor? Tanto treino, tanto aprendizado, tantas formas diferentes de se perder em dúvidas.
Vamos deixar a areia e falar do ouro, do precioso material que de vez em vez encontramos entre dias de luta. Nos exige preparo, destreza e calma, receber essas maravilhas em nossa rotina, como se fosse gigante a instiga de rejeitar tão estranha peça. O fascínio intimidador do desejo realizado, o escândalo da felicidade, por mais inocente que ela seja. Velemos a habilidade de aceitar a alegria, os bons momentos, as novas experiências que expandem o porto seguro da rotina cinza, da areia da pá do velho mineiro.
Eu não te conheço de verdade. Literalmente, mesmo que eu te conheça a vinte anos ou mais, eu não te conheço. Não neste momento. Neste momento, no entanto, eu te amo. Eu te ilumino como uma lâmpada acesa ama a grama e os galhos à sua volta. E eu amo quem acendeu essa luz, e amo a árvore que sustenta essa lâmpada. Eu gosto quando me parece que vale à pena tanto ter me perdido debaixo da terra procurando meu caminho.
Não peço mais que essa leitura com a qual já me presenteaste. A felicidade é para todos.